Um jeito único de ver o mundo...

terça-feira, 22 de abril de 2014



Hoje começou um dos programas que eu mais curto assisti, o Aprendiz. A nova temporada trás como diferencial a aposta numa ousada empreitada, os artistas.
Seu principal objetivo é mostrar o desempenho de seus ilustres convidados, os artistas.

Pessoas de diversas camadas da fama ou que atingiram algum status de fama, foram convidados a participar, sendo alguns deles: músicos, piloto, atletas apresentadores enfim.. são posto a prova na dinâmica do mundo corporativo.

Diferente das outras edições, os participantes dessa vez não tem nenhum preparo especifico para tal atividade. O que implica ainda mais sua participação. Muitos deles o que pude reparar, estão aparentemente entusiasmados com a proposta do jogo (tesão de primeira viagem), mas creio que a maioria não tem a real noção do que é o significado da palavra pressão, ao qual é bastante exercida ali.

Distinto de outros realitys shows, o Aprendiz exige de seus participantes uma capacidade de entrega de resultados ao qual eles não estão acostumados a fazer.

A imposição curta do tempo, o prazo mínimo para o planejamento, a impossibilidade de erros grosseiros, as diversidades temporais, a pressão da vitória, implicam ainda mais a performance de seus jogadores.

O fator preponderante no jogo é a meta de ir além como vitória, muitas vezes levam seus competidores a executarem mal as tarefas propostas. Na ânsia de ultrapassar seu adversário, ficam cegos e medíocres em simples detalhes.Muitas vezes provas são avaliadas pelos detalhes, assim como projetos da vida real. (cuidados com os detalhes, dizia um antigo chef meu)

O programa nos passa a imagem claramente que o mundo corporativo é isso, é uma caça feroz, uma selva de concreto, onde só os mais fortes e preparados sobreviveram. A ideia da competição é tão maturada em nossa cabeça, que nos sentimos parte daquele contexto selvagem.

O erro pode ser fatal. Torcemos pelo o erro dos competidores. O erro gera sala de reunião. Reunião gera críticas e possíveis demissões!

A postura profissional imposta hoje em dia, é quase exigida como nível de perfeição. A figura de um patrão rígido e muitas vezes soberbo (como seu Roberto Justus), é bastante vendida e comprada por dito cujos "gestores". O grande problema que vejo, é que pessoas assim, pensam que são o como tal apresentador, imaginam que a vida real é deveria ser daquele jeito, igual do reality.

O mundo corporativo de fato não admiti o erro. O erro muitas vezes custa muito dinheiro, e ninguém está afim de perder. Mas o erro é inevitável, só apreendemos errando (já dizia o ditado). O jogo só é jogado se você está disposto a aceitar as regras, e é assim que o jogo e a máquina capitalista gira. Por isso somos estimulados a sempre querer mais. Uma faculdade hoje já não é mais diferencial como antigamente, falar apenas dois idiomas, agora é apenas requisito básico. Enfim, o efeito da globalização exige isso agora da gente, os programas como este também, quem não estiver atento e disposto, estará fora naturalmente!

O programa de fato pode ser alvo de várias críticas sociais. E veja que eu não defendendo-o e muito menos sou marxistas ou algo do gênero, nada disso.

Afinal estou estudando e se sendo preparando a entrar para esse tal ambiente selvagem, porém, num ponto de vista filosófico, ás vezes acho muito cruel essa visão pragmática.

Entretanto, vendo a concepção do programa pelo modelo de Business é bastante interessante para analisarmos comercialmente. O direcionado do programa é bastante segmentado tanto demográfica, psicografia e comportamentalmente. O resultado do ibope, indica para uma parcela bem específica e direcionada da audiência do programa. As ações de marketing sublimar, as provas pensadas com patrocinadores envolvidos ajudam o modelo a se sustentar (acredito eu) como uma fonte bastante rentável.

Enfim, não vou me estender e aprofundar muito, pois falaremos dele mais para frente. Contudo, inicia-se mais uma nova edição, e novamente com ela uma aposta bastante ousada. Eu particularmente não gosto da ideia de envolver os artistas nesse modelo, acho mais divertido ver pessoas normais se ferrando nas provas hahaha, (mas como artistas dão mais audiência, teremos que nos contentar) mesmo assim, não deixarei de acompanhar a performance deles. Espero sinceramente que algum deles me surpreendam!

Afinal, para um futuro marketólogo, acompanhar tendências como está é um prato cheio para possíveis novas discussões. E você, qual é a sua expectativa para esta edição?