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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A epifania nos convida



Sua atenção está voltada para as belas palavras da poeta. Ele nunca ouviu ou leu nada sobre ela, mas se encanta quase que instantaneamente pelo significado da sua explicação. A poetisa discorre e explana lindamente sobre a poesia e a importância dela para nossa vida. Segundo ela, quando a poesia nos toca, temos aquele sentido epifânico ao se deparar com tal beleza, algo inexplicável emerge de tal maneira que nos toca, toca nossa alma com uma sensibilidade  que comove nossos sentidos.

Contudo, penso eu que é dos sentidos que brotam nossos sentimentos. Ainda pensando sobre, percebo que ainda somos frágeis nos sentimentos da compreensão e muito mais da admiração.

Como a poeta diz:

“A obra de um artista não tem importância, não monetariamente, retoricamente, academicamente para quem não consegue enxergar a sua beleza intrínseca.”

Somos pobres de observação, de sensibilidade, não nos encantamos mais com o belo, com o diferente. Ficamos tão acostumados com o superficial que o profundo parece não ter mais espaço em nossa vida.


E a onde se encontra a beleza? Você já se perguntou?

Pode estar em tudo ou pode estar em nada, depende de como você olha aquilo. Um objeto pode ser apenas um objeto, mas para um artista, para um poeta ou para alguém sensível aquilo é diferente. Aquilo vira algo especial, algo incomum. Ambos tomados pela beleza enxergam além, eles sentem o além, o depois não importa. Possuídos, eles são impulsionados pela intensidade a registrar aquela absoluta e singela beleza. Fazem isso na esperança que outros se maravilhem e sintam da mesma maneira que sentiram. Essa vontade de registrar essa beleza e eterniza-la, seja numa tela ou num texto, é o que completa a sua devoção.
 

Bestifiquemos-nos um pouco mais sobre as maravilhas que nos rodeiam. Quem  sabe prestando atenção um pouquinho mais, observando de verdade uma delas chame a sua atenção. O convite de eternizar um momento foi lançando, basta você encarar este desafio!

Ps.
( Se ficou curioso(a) para saber qual poeta diz isso, me pergunte depois)